Na Região Metropolitana de Manaus
(RMM), a melhor cidade para se viver no Norte do País é Presidente
Figueiredo, 170ª no ranking do Índice de Bem-Estar Urbano (Ibeu).
Careiro da Várzea está na 181ª posição, seguida de Itacoatiara (233ª) e
Manacapuru (237ª). Manaus é a 247ª. As piores cidades em bem-estar
urbano são Novo Airão (0.563 pontos) , Rio Preto da Eva (0.548) e
Iranduba (0.509 pontos).
Criada em 2010, a RMM é a melhor
em qualidade de vida da Região Norte. Em comparação a outras do País,
ocupa o posto de segunda pior de acordo com o Ibeu. O estudo foi
realizado pelo Instituto Nacional de Ciência Tecnologia (INCT)
Observatório das Metrópoles, com base no Censo 2010.
A RMM
alcançou a pontuação total de 0,395, acima da Região Metropolitana de
Belém (PA), que somou 0,251 pontos. Amazonas e Pará foram os únicos
Estados do Norte avaliados pelo Observatório das Metrópoles.
O
secretário da RMM, René Levy Aguiar, aposta no modelo de gestão
integrado para melhorar a qualidade de vida local. Ele afirmou que o
Plano de Desenvolvimento Sustentável e Integrado da RMM, elaborado em
2010, está focado nas potencialidades e vulnerabilidades dos municípios
para promover a redistribuição planejada de recursos, hoje ainda muito
concentrados na capital. “Vamos atuar no fortalecimento das relações
intra, extra e megametropolitanas”, disse.
Para o secretário, a
RMM será consolidada como ‘Centro’ não somente do Estado do Amazonas,
mas também da Região Norte e da Amazônia brasileira durante a aplicação
do plano de desenvolvimento. Ele destaca ações em habitação, uso do
solo, saneamento e mobilidade como as mais urgentes. “Apesar de cada
município ter suas competências, especificidades e carências, o que se
percebe é uma agenda comum em todos os centros urbanos”, afirmou.
A
matriz enérgica da RMM representa o fator chave para o desenvolvimento
dos municípios locais, na avaliação do secretário. René Levy ressalta
que a segurança e a qualidade da geração e distribuição de energia deve
melhorar quando o Linhão de Tucuruí começar a funcionar. “A população
também pode colaborar para construir uma região melhor exercendo de
forma consciente e efetiva a plenitude de sua cidadania, na defesa
intransigente do bem comum”, disse.
O Ibeu mede a qualidade do
fornecimento de energia, iluminação pública, coleta de lixo e tempo de
deslocamento dos cidadãos entre o lar e o trabalho, entre outros itens
do cotidiano urbano. O índice avaliou cinco quesitos, com nota de zero a
um cada: mobilidade, condições ambientais e habitacionais, atendimento
de serviços coletivos e infraestrutura.
O Ibeu colheu dados de 15
conglomerados urbanos no Brasil, selecionados a partir das funções de
direção, comando e coordenação dos fluxos econômicos.